sexta-feira, 2 de abril de 2010

A Última Ceia


A Última Ceia
Leonardo da Vinci, 1495-1497
Mista com predominância da têmpera
e óleo sobre duas camadas de preparação
de gesso aplicadas sobre reboco(estuque)
Refeitório de Santa Maria delle Grazie (Milão)

Para quem não conhece, A Última Ceia é uma das obras mais conhecidas de Da Vinci, que foi iniciada em 1495 e terminada apenas três anos depois. Ela tem 4,60m de altura por 8,80m de largura, cobrindo uma parede inteira do Convento de Santa Maria das Graças em Milão. Já foi restaurada entre os anos de 1978 e 1999 pós deterioração.

A Última Ceia (em italiano L'Ultima Cena e também Il Cenacolo) é uma pintura de Leonardo da Vinci para de seu protetor, o Duque Lodovico Sforza. Representa a cena da última ceia de Jesus com os apóstolos antes de ser preso e crucificado como descreve a Bíblia. É um dos maiores bens conhecidos e estimados do mundo. Ao contrário de muitas pinturas valiosas, nunca foi possuída particularmente porque não pode ser removida do seu local de origem..

Outras interpretações

Uma outra interpretação vem sido disseminada por Dan Brown, autor do livro O Código Da Vinci, de que o discípulo à direita de Jesus Cristo, João, seria na verdade Maria Madalena. Suas feições femininas e traços delicados seriam indicações disso.

Pela simetria nas roupas de Jesus e de Maria, os dois (Jesus e Maria Madalena) poderiam formar um casal. Segundo ele, notar-se-ia que as cores das roupas de Maria e Jesus são opostas: Maria (São João Evangelista) usa um vestido azul e uma manta vermelha e Jesus uma veste vermelha e uma manta azul, o que, segundo alguns, pode ter semelhanças com a representação oriental do Yin-Yang, o equilíbrio entre o masculino e feminino. Ao lado de Maria Madalena, Pedro estaria curvado de uma maneira ameaçadora, e a mão em direção ao pescoço dela seria um gesto negativo ou de morte, outra teoria seria que Pedro, através de um gesto de amizade, pede a São João Evangelista para que pergunte a Cristo quem o trairia. Outra interpretação é que simplesmente se trata da introdução doSantíssimo Sacramento notado pela presença do pão e do vinho nas mãos de Jesus. Esta suposta simetria pode ser desmentida por ser contrária à proposta formal de Leonardo. Por sua vez, similar à já empregada em "A adoração dos reis magos", onde divide a cena em dois volumes simétricos, pois a simetria é característica do renascimento. É exatamente o que se dá aqui, notando-se que o centro absoluto da obra é Cristo, e os outros personagens formam um cenário simétrico.

Dan Brown busca deixar dúvidas no ar sugerindo que Pedro sentia ciúmes pelo fato de Jesus confiar a Maria Madalena mais responsabilidade que aos seus apóstolos. Pode-se notar inclusive (na imagem ampliada) que ao centro, há uma mão segurando um punhal, que supostamente pertence a Pedro (Pedro está com a sua mão direita, com o punhal, estendida para trás, como se quisesse escondê-la), embora alguns especialistas digam que este punhal está de maneira aleatória, não pertencendo a nenhum dos apóstolos. Segundo estudos, talpunhal seria uma alusão a São Simão, o zelota, que era partidário do levante armado para libertar aJudéia do domínio romano.

Dan Brown deixa claro, também, que a imagem da suposta Maria Madalena, se recortada em um programa de edição de imagens, e movida de modo a ficar à direita de Jesus, demonstra uma precisão incontestável na pose que se forma. Tanto em graus quando na sobreposição, fica nítida a imagem de Maria Madalena com a cabeça apoiada sobre o ombro de Jesus, como um casal. Além disso, supõe-se que o espaço entre Maria e Jesus na figura original foi pintado propositalmente para insinuar um símbolo que se parece com uma letra "V", símbolo do sagrado feminino (também chamado de Cálice). Indo mais a fundo, pode-se enxergar uma letra "M", formada pela letra "V" anteriormente citada junto à duas hastes laterais, formadas pelas laterais dos corpos de Jesus e Maria. Esse "M", segundo Brown, seria uma abreviatura de Maria Madalena.

Há somente treze figuras na pintura: estaria faltando um "discípulo", o que seria pouco provável no ponto de vista histórico, mas à luz de uma leitura mais cuidada dos textos e da intenção de Leonardo Da Vinci quando da realização desta obra prima, a razão para tal poderia ser a seguinte:

O discípulo em falta seria Judas Iscariotes que saiu prematuramente da sala onde decorria a ceia (João 13:30 "Ele, tendo recebido o bocado, saiu logo. E era noite.") ficando então apenas 13 elementos à mesa, sendo, segundo o escritor, o elemento em causa a própria Maria Madalena, que, segundo Dan Brown, poderia ser a companheira de Jesus Cristo.

Um artigo interno do site português A Página, que trata da hipótese de que cada apóstolo representa um signo do zodíaco traz a seguinte idéia:

"Jesus é o centro e não possui signo mas as qualidades de todos eles. Com a mão esquerda ele oferece energia ou atividade para os signos da primavera e do verão, representado por Da Vinci através da forma viva e expressiva dos seis primeiros apóstolos, e com a sua mão direita recolhe a energia ou experiência através dos signos do outono e do inverno, representado pela forma observadora e fria dos últimos seis apóstolos."

A mão esquerda de Jesus está em posição realmente de quem oferece, enquanto a direita tem a posição de quem irá pegar algo. Outra coisa bastante provável para essa teoria é que a parede esquerda do quadro, onde estão os apóstolos com posturas mais frias, encontra-se negra, escura, enquanto a parede direita, onde os apóstolos dali estão mais compreensiveis, está branca, limpa.

Tais interpretações alternativas podem ser contestadas[4] com sucesso com a comparação de propostas formais e estruturais empregadas por Da Vinci em outras obras; no caso da última ceia, a leitura da passagem bíblica na qual o quadro baseou-se(Evangelho de João, capítulo 13) comprova convincentemente que as interpretações mais difundidas academicamente não são apenas mais fundamentadas, como mais lógica e racionalmente explicáveis tendo em vista o texto referencial como modelo. Fica claro ao leitor que é não apenas mais simples, mas também mais razoável observar a coerência da composição do quadro com a passagem em questão.

Fontes dessa seção:wikipedia O Código Da Vinci - Dan Brown Outras, a citar.

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